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sábado, 29 de janeiro de 2011

38º Festival de Angoulême -Wander Antunes


Dia 30 de Janeiro será o encerramento do Festival de Quadrinhos de Angoulême, na França ( 27 a 30 de janeiro de 2011). Vários livros de quadrinhos foram indicados para concorrer ao melhor livro de 2010.


E dentre os livros indicados encontramos “Toute La poussiere Du chemin” (Toda poeira do caminho) do roteirista brasileiro Wander Antunes e ilustrado pelo espanhol Jaime Martins.Encontramos uma definição do trabalho no blog de Wander Antunes:

“Toda poeira do caminho (Toute La poussière du Chemin) é o título definitivo do livro que Jaime Martin e eu fizemos para a editora Dupuis. O lançamento é em abril de 2010, na prestigiosa coleção Aire Libre. A trama, ambientada nos Estados Unidos da Grande Depressão, apresenta Tom, um homem de meia idade, e um garoto, Buck, que se encontram, um fugindo de algo e o outro em busca de algo..”

Vale a pena fazer uma visita ao blog de Wander Antunes e curtir um pouco do seu talento.
http://www.wanderantunes.blogspot.com/

O Festival é bem diversificado com eventos, exposições e entretenimentos.

A programação completa se encontra no site do Festival.
http://www.bdangouleme.com/competition-officielle

Foi criado também um espaço para o relacionamento de novos talentos – Comunidade de Comics no site do Festival .

“ Jovens autores, escritores, coloristas, designers, entusiastas, editores, coleccionadores, comunidade fanzine de quadrinhos ... o Festival Internacional de Quadrinhos abre as suas portas! «

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Nos Confins do Mundo



O Romance histórico “ Nos Confins do Mundo” de Harry Thompson (editora Record) nos transporta para os idos de 1828 a bordo  do navio Beagle comandada pelo capitão FitzRoy tendo  como naturalista Charles Darwin. Darwin ainda não havia formulado sua Teoria da Seleção Natural, e acompanhamos assim suas descobertas e o desenvolvimento de seu pensamento enquanto viajava  por regiões pouco ou nada exploradas . O livro retrata as dificuldades encontradas em navegar por regiões inóspitas, o encontro com nativos de diferentes  culturas, a fúria das tempestades, o encontro com o desconhecido. Enfim um livro que trata acima de tudo de Aventura. Só precisamos de boa dose de disposição para chegar ao fim das 706 páginas.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Festival on line de cinema francês




Uma amiga (Vânia) me enviou uma dica super interessante . Aí vai:


Festival on line de Cinema Frances. – de 14 a 29 de janeiro de 2011.

Como está explicado no site:

“um novo conceito, uma nova maneira de você compartilhar seu amor do cinema francês com os internautas do mundo inteiro. Pela primeira vez, um festival inteiramente desmaterializado permite que todos votem a favor de seu filme preferido. Não hesite em dar seu palpite pessoal! “

http://www.myfrenchfilmfestival.com/pt/

Dez longa-metragens e Dez curta-metragens da jovem criação francesa estão concorrendo. Você é convidado(a) a votar a favor de seus filmes preferidos e a deixar seus comentários no site.

O festival é disponível em 10 idiomas. O site Internet e os filmes (disponíveis na forma de vídeos sob demanda pagos) são acessíveis em alemão, inglês, árabe, espanhol, francês, italiano, japonês, português, e russo.

Todos os filmes do festival são acessíveis gratuitamente na Rússia e nos países latino-americanos.

Os premiados

Seis prêmios serão distribuídos no final do festival (três para os longa-metragens, três para os curta-metragens): o Prêmio dos internautas, o Prêmio dos bloguistas estrangeiros e o Prêmio da imprensa internacional

Bert Jansch



Bert Jansch (Transatlantic TRA 125)
Released: April 16 1965

Personnel: Bert Jansch (guitar/vocal) Produced: Bill Leader Recorded: c. September 1964-January 1965 at 5 North Villas, Camden, London

Strolling Down the Highway / Smokey River / Oh How Your Love is Strong / I Have No Time / Finches / Veronica / Needle of Death / Do You Hear Me Now? / Rambling’s Gonna be the Death of Me / Alice’s Wonderland / Running From Home / Courting Blues / Casbah / Dreams of Love / Angie

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Exposição Cora Coralina - CCBB Rio de Janeiro



Exposição em homenagem aos 25 anos de morte da poeta Cora Coralina com tralhalhos, fotos, correspondências, fotografias e instalações. (criada pelos cenógrafos Daniela Thomas e Felipe Tassara).
Cora começou a escrever aos 14 anos, mas teve seu primeiro livro publicado aos 76 anos.
De 11 de Janeiro a 13 de Março
Centro Cultural do Banco do Brasil - Rio de Janeiro

Uma poesia de Cora:

Não sei… Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura… Enquanto durar

Cora Coralina

sábado, 8 de janeiro de 2011

Elvira Pagã



Nos anos 30 as irmãs Cozzolino realizam um espetáculo de inauguração do "Cine Ipanema", junto com os Anjos dos Infernos ocasião em que recebem de Heitor Beltrão, o apelido de "Irmãs Pagãs". Em 1940 Elvira se casa e começa a carreira solo.



Elvira Pagã, pseudônimo de Elvira Olivieri Cozzolino, era de uma família pobre, de pai americano e mãe paranaense.
Escritora, cadeira nr. 12 da Academia Nacional de Letras de São Paulo, compositora, cantora, atriz, bailarina, vedete e pintora, na década de 50 e 60,  Elvira Pagã disputava com Luz Del Fuego as manchetes de jornais e capas de revistas, com audácia, sensualidade e provocação. Excursões por todo o Brasil com shows noturnos, em passeatas ou carros alegóricos, nas paradas de sucesso com marchas, sambas e baiões, tudo isso em meio a inúmeros processos e prisões.



Foi a primeira Rainha do Carnaval Carioca e levou o erotismo para os bailes de carnaval da época.Consta, que um dia, na praia de Copacabana, ela rasgou o maiô criando o famoso biquini , que na época só era usado no teatro rebolado.Foi também a primeira a fazer plástica nos seios, pousando nua depois  e distribuindo a fotografia como cartão de Natal.


Fez oito filmes ao todo, entre eles "O Bobo do Rei" (1936), "Cidade-Mulher" (1936), "Alô, Alô Carnaval" (1936), "Dominó Negro" (1939), "Laranja-da-China" (1940), "Carnaval no Fogo" (1949), "Aviso aos Navegantes" (1950) e "Écharpe de Seda" (1950).
 Lançou um livro chamado "Elvira Pagã -Vida e Morte". Com o pulso enfaixado  e o braço esquerdo paralisado, após tentativa de suicídio, esboça algumas frases desse livro: " O riso é dor! e A dor é riso - O mundo é éter! O éter é vida, e a vida é gozo... O gozo é o final".




Conhecida no exterior como The Original Bikini Girl e The Brazilian Buzz Bomb, arrebatava paixões enchendo os cabarés e teatros.O perigoso bandido Carne Seca forrou a sua cela com fotos dela, recortadas de jornais e revistas. Em uma foto usando uma pele de onça, fez a dedicatória: “Para Carne Seca, um consolo de Elvira Pagã”. Nos anos 60 ela se retira da vida artística e social. Criou então a "Doutrina da Verdade", uma seita ligada a discos voadores e à Atlântida. Faleceu em 2003 aos 82 anos.




"...Não havia entretanto tempo a perder! Só tive tempo de agarrar um dos meus biquinis e desaparecer... Uma enorme pedra à beira de uma praia santista foi o meu esconderijo. Meus companheiros: o sol e a lua... A imprensa em geral não parava de falar de mim um só dia, assim como as emissoras de rádio do país. Eu entretanto havia conseguido escapar, escondida dentro da mala do carro. Não foi nada agradável, aquele passeio entre os pneus sobressalentes do veículo e quase sem poder respirar... No meio de toda esta confusão, eu compunha um samba, sozinha, longe de tudo e de todos..."




Algumas manchetes da época:
-Elvira Pagã atacada por um tarado no interior do camarim.
-Repelido pela vedete o policial depravado - em represália foi presa.
-Elvira Pagã cria um caso político.
-Sou uma vítima da hipocrisia.
-Barbaramente espancada Elvira Pagã.
-Elvira Pagã cumprirá pena da penitenciaria de SP - A beleza feito mulher.





sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Poesias de Borges (pinturas de Magritte)

Magritte                                     

O Sonho (Jorge Luis Borges - 1981)

A noite nos impõe sua tarefa mágica
Destecer o universo, as infinitas
ramificações de efeitos e de causas,
que se perdem na vertigem sem fundo que é o tempo.
A noite quer que esta noite esqueças
teu nome, teus ancestrais e seu sangue,
cada palavra humana e cada lágrima,
o que a vigília pôde te ensinar,
o ponto ilusório dos geômetras,
a linha, o plano, o cubo, a pirâmide,
o cilindro, a esfera, o mar, as ondas,
tua face sobre a fronha, o frescor
do lençol estreado, os jardins,
os impérios, os Césares e Shakespeare
e o que é mais difícil, o que amas.
Curiosamente, uma pílula pode
riscar o cosmos e erigir o caos.

Pintura de Magritte


O Terceiro Homem (Jorge Luis Borges - 1981)

Dedico este poema (por ora aceitemos esta palavra) ao terceiro homem que
cruzou comigo anteontem à noite, não menos misterioso que o de Aristóteles.
Saí no sábado.
A noite estava cheia de gente;
houve sem dúvida um terceiro homem,
como houve um quarto e um primeiro.
Não sei se nos olhamos;
ele ia pela Paraguay, eu ia pela Córdoba.
Estas palavras quase o geraram,
nunca saberei seu nome.
Sei que há um sabor que ele prefere.
Sei que contemplou lentamente a lua.
Não é impossível que esteja morto.
Lerá o que escrevo agora e não saberá
que me refiro a ele.
No secreto futuro
podemos ser rivais que se respeitam
ou amigos que se estimam.
Realizei um ato irreparável,
estabeleci um vínculo.
Neste mundo cotidiano,
que se parece tanto
ao livro d'As Mil e Uma Noites,
não há um único ato que não corra o risco
de ser uma operação da magia,
não há um único fato que não possa ser o primeiro
de uma série infinita.
Pergunto-me que sombras não irão lançar
estas ociosas linhas.

                                                           Pintura de Magritte