quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Hermann Hesse - Noites de Verão
Gravura de Martin Lewis
Noites de Verão
Pingos caem, o ar está inquieto.
Não sopra nenhum vento.
Na rua um ébrio canta longamente:
é um canto incerto e frágil como uma criança.
Cala-se agora:
O céu se dilacera,
e no intenso azul claro do relâmpago
fulgura a rua.
Como um trotar de cavalos brancos
vem o barulho da chuva.
Apagadas as luzes, dissolvidas as formas,
águas se precipitam e me rendem cativo.
Poesia de Hermann Hesse
Livro - Andares - Antologia Poética
Editora Nova Fronteira
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