Baixinho, de porte atlético, nariz adunco, olhos grandes e arredondados, satirizando a corrupção política e a hipocrisia social, com sua vestimenta inconfundível, nasce, nos traços de Péricles Maranhão, o personagem O Amigo da Onça.
Em 23 de outubro de 1943 é publicado pela primeira vez na revista O Cruzeiro, a revista de maior circulação no país. O Amigo da Onça se transformou no tipo mais popular da história do humor brasileiro.
Casou-se com Angélica Braga Guimarães, em setembrode 1949, com quem teve seu único filho, Péricles. Separou-se 6 anos depois. Péricles era uma pessoa muito simples sem grandes pretensões mas dedicadíssimo ao trabalho. Era dito como um boêmio inveterado, pois adorava frequentar alguns bares do Rio.
Em 31 de dezembro de 1961, trancou-se em seu apartamento no Rio de Janeiro, lacrou todas as janelas e portas, ligou o gás. Seu amigo e conterrâneo, Carlos Estêvão, deu continuidade ao "O Amigo da Onça.
Angélica B. Guimarães O Amigo da Onça: a obra imortal de Péricles. Rio
de Janeiro: Busca da Vida, 1987.
Sobre ele, escreveu o poeta Carlos Drummond de Andrade: "A solidão do caricaturista seria talvez reação contra a personagem, que o perseguia, que lhe era necessária e que lhe travara os meios de comunicar-se e comungar com outros seres"."O Amigo da Onça se transformou no tipo mais popular da história do humor brasileiro. Quando Péricles morreu, 18 anos depois, o Amigo, já era – sem nenhum exagero retórico – um personagem imortal". Millôr Fernandes