Guilherme Zuig.
domingo, 8 de abril de 2012
MONSTRO GERANDO MONSTRO
Goya
Pensar que o homem, o complexo organismo humano, evoluiu do macaco e, portanto, é um animal racional ... Ah, isso mesmo!... Um animal racional. Não somos um animal qualquer. Somos os "invencíveis" animais especialmente importantes. O incrível ser dominante do planeta Terra. Acho isso BIZARRO !
Seres humanos estão mais para monstros convivendo no caos social, criado pelos seus próprios atos desastrosos. Penso assim, e descarto qualquer teoria da evolução. Que evolução?... Evolução tecnológica, científica, tudo bem. Mas, não podemos ser animais, mesmo que racionais. Animais não criam caos; não deformam a natureza; não contaminam o ar; não declaram guerra; não torturam; não matam por dinheiro. Por isso, monstros existem, e somos nós os humanos.
Se suportássemos olhar de frente para o que verdadeiramente somos, no exato instante vivo, talvez descobríssemos o que é real, o imensurável, num simples olhar e ver sem intenção, sem ambição, sem as estúpidas manias condicionadas pela memória.
Veneramos a "cultura narcisista" da modernidade. Gostamos de adorar celebridades, desejamos ser autoridades respeitosas, lutamos para ser "o cara", o "rei da cocada". Importa mais o Título adquirido, o Sobrenome, o País, o Poder, a Força do Pensamento. Enquanto isso, a barbárie corrre solta. A matança por motivos fúteis se alastra. Dividimos os continentes politicamente, separamos as nações em detrimento do orgulho de ser patriota e lutar na "guerra nossa de cada dia", espalhando conflitos, cometendo crueldades.
Imagino que algum E.T. protetor do Universo, tentando se livrar de problemas, decidiu a milhares de anos atrás, "despejar" neste mundo um tipo de "animal" diferente, os primeiros "monstros humanos". Naquela época, o planeta Terra, parecia o lugar adequado para receber aquela espécie tão terrível e devastadora. De natureza magnífica, com muita água e oxigênio, espécies minerais e um diversificado reino animal e vegetal, a Terra, parecia suportar agressões severas, e talvez, pudesse resistir por muitos milhões de anos à destruidora brutalidade humana.
Apesar de tudo, o ato de pensar continua guiando nossos passos através da história, contaminando tudo e todos com ideias estúpidas, prontas para amortecer o medo da vida e da morte. Apesar de tudo, aos "trancos e barrancos", o planeta vai resistindo, dia após dia, à desgraça monstruosa de um trágico fim do mundo.
Até quando continuaremos cegos?...
Guilherme Zuig.
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Gostei muito do blog, muito criativo, inspirador.
ResponderExcluirSeguindo.
Abraços arteiros
Até quando, né? Uma tristeza mais que aparente.
ResponderExcluirBeijos Lindas!